Inteligência emocional vs inteligência intelectual

Postado por Psico

Percebemos que muitos talentos intelectuais estão a margem e outros com predomínio emocional estão no comando. Essa é uma tendência globalizada, a articulação tornou-se imprescindível nas relações?
Inteligência emocional é compreendermos as próprias emoções, é a capacidade de nos pormos no lugar dos outros, é a capacidade de controlarmos as emoções de forma a melhorar a qualidade de vida, é a capacidade de lermos os nossos sentimentos, de controlar os nossos impulsos e adiar a recompensa, de escutar os outros, de ponderar, de manter a calma e o otimismo quando confrontados com provocações, é a capacidade da pessoa se motivar a si mesma e persistir a despeito das frustrações; de regular o seu próprio estado de espírito e impedir que o desânimo subjugue a faculdade de pensar, de sentir empatia e de ter esperança.
Para Gardner temos 7 inteligências, e dentre as 7 estão 2 que são a inteligência intrapessoal e a interpessoal, são 2 domínios da inteligência emocional.
Uma pessoa pode ter um QI elevado, mas se não tiver inteligência emocional, ou seja, a capacidade de compreender e gerir os seus sentimentos e os sentimentos dos outros, as hipóteses de conseguir uma vida de sucesso e felicidade são remotas.
Aliás, a inteligência emocional está ao alcance de todos, aprender, desenvolver a inteligência emocional. Dai a educação emocional ser importante, por exemplo, na escola, em casa, os professores, pais, têm uma tarefa essencial para os garotos logo de pequeninos cultivarem a inteligência emocional. E nós adultos também, podemos a cada dia cultivar, adquirir e desenvolver ainda mais estas competências emocionais.
E como se dá isso??? Se a pessoa se conhecer melhor a si mesma, ou seja, se conhecer as causas das suas emoções, saber a cada instante o que estamos sentindo, conhecer as conseqüências dessas emoções em nós e claro os seus efeitos nos outros, conhecermos a evolução das emoções ao longo do tempo, uma pessoa assim caracteriza-se pela autoconfiança, pela auto-avaliação realista, por ter um sentido de humor auto-critico.
Portanto a 1ª coisa para termos inteligência emocional é ter autoconhecimento, porque só a partir desse auto-conhecimento, e quanto maior for o auto-conhecimento das nossas emoções e sentimentos, é que podemos ter maior auto-controlo, ou seja, podemos regular a manifestação de uma emoção portanto cultivarmos o auto-controlo é essencial para preservarmos estados de espírito positivos, para repararmos estados de espírito negativos, para gerirmos as emoções dos outros, e para pensarmos antes de agir. Uma pessoa assim acaba por se caracterizar por maior honestidade e integridade, é uma pessoa com maior conforto em relação à ambigüidade e é uma pessoa com maior abertura à mudança.
Outra componente da inteligência emocional é a motivação, é a pessoa ter a capacidade de motivar-se e motivar os outros, é a pessoa saber usar emoções especificas para efeitos desejados como por exemplo estados de espírito positivo para trabalhos de criatividade. É a pessoa usar de mudanças emocionais para melhorar os processos cognitivos e aumentar a flexibilidade (um bom líder tem inteligência emocional, é essencial para quem lidera, senão é um desastre). É a pessoa ter paixão pelo trabalho por razões que transcendem dinheiro ou status social. È a pessoa ter propensão para perseguir objetivos com energia e persistência. Para isto é preciso motivação. São pessoas com vontade para atingir um objetivo, otimistas mesmo face a um fracasso e são pessoas com elevado empenho organizacional.
Outra componente da inteligência emocional é a empatia, entender o que as outras pessoas estão sentindo, é saber pormo-nos no lugar dos outros, é termos a capacidade para percebermos a estrutura emocional das outras pessoas, é termos a competência para tratarmos as pessoas de acordo com as suas reações emocionais. Pessoas com empatia são pessoas com mestria em edificar e reter talentos tem sensibilidade intercultural.
Outra componente da inteligência emocional é a competência social, ou seja, a pessoa ser eficaz em gerir relacionamentos e construir redes e contactos, ter mestria em construir e liderar equipes, ter eficácia em lidar com a mudança, ter habilidades que rodeiam a população, um bom líder tem que ter competência social, saber persuadir, negociar, resolver disputas, e tendo sempre em vista o trabalho em equipe.
Em suma, para podermos exercer controle sobre as nossas emoções e as emoções dos outros, precisamos de alcançar um nível ótimo de auto-controlo e empatia. As aptidões pessoais são competências sociais eficazes na relação com os outros. A falta dessas aptidões faz com que mesmo aqueles que são considerados brilhantes do ponto de vista intelectual, naufraguem nos seus relacionamentos de um modo geral.

0 comentários: